Alergia ao látex: conheça a diversidade dos sintomas para evitá-la
Entenda como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos do problema
A alergia a látex é definida como uma reação imunológica contra as partículas do látex da borracha natural após sensibilização prévia. É preciso, portanto, haver um contato anterior para que ocorra a reação.Segundo dados da literatura mundial, estima-se que a prevalência da alergia a látex na população seja menor do que 1%. Nas populações de risco, como profissionais de saúde expostos a luvas de látex, pacientes com Espinha bífida e indivíduos submetidos a cirurgias precocemente e repetidamente, essa prevalência pode chegar de 36% a 72% respectivamente.O paciente deve ter um plano de ação para situações de emergência, além de ser orientado de forma clara para evitar o látex.
O látex natural utilizado na indústria é quase que exclusivamente extraído de uma planta chamada Hevea brasilienses. O látex é um composto proteico, tendo sido identificados até o momento 14 alérgenos. Há três grupos de risco para o desenvolvimento de alergia a látex:Publicidade- Adultos que trabalham em áreas com elevada exposição das proteínas do látex. Exemplos: dentistas, cirurgiões, anestesistas, profissionais que trabalham em áreas de cuidados intensivos. Esses profissionais trocam de luva muitas vezes ao dia, aumentando o risco de sensibilização e desenvolvimento da reação alérgica. Trabalhadores da indústria da borracha também apresentam aumento da prevalência de alergia ao látex
- Pacientes que necessitam de manipulações cirúrgicas. como neuropatas e nefropatas. Indivíduos com doenças com alteração de fechamento do tubo neural (mielodisplasia) como mielomeningocele e espinha bífida
- Pacientes que apresentam doenças atópicas (asma, rinite alérgica, dermatite atópica e alergia alimentar/síndrome látex-fruta).
A reação mais comum aos produtos contendo látex, especialmente em usuários de luva, é o ressecamento e a irritação na área que teve contato, denominada "Dermatite irritativa". É uma reação não imunológica causada pela lavagem repetitiva das mãos com sabões ou detergentes, podendo através do talco da luva ou do pó do látex se tornar a porta de entrada para a sensibilização do látex. As reações imunológicas à borracha natural são do tipo I (mediada por IgE) imediatas ou do tipo IV (mediadas por linfócitos) tardias, relacionadas aos aceleradores da vulcanização (tiurans, carbamatos, mercaptomix) e antioxidantes (hidroquinona e parafenilenodiamina) adicionados ao látex.Para que ocorra a reação tipo I é necessária uma sensibilização prévia, ou seja, o paciente deve apresentar anticorpo da classe IgE específico para pelo menos 1 dos antígenos do látex. A sensibilização ocorre quando há contato com material contendo látex, especialmente luvas ou até inalação de partículas aerossolizadas.O paciente apresentará sintomas imediatos após contato com produtos contendo látex, como conjuntivite alérgica, rinite alérgica ou asma. Pode apresentar urticária de contato com coceira e formação de placas com vermelhidão no local. As reações podem ser leves ou até potencialmente fatais como anafilaxia. As reações mais graves com urticária extensa, crise de asma grave, hipotensão e choque são relacionadas com contato do látex por via parenteral ou através das mucosas, devendo receber atendimento rápido.Para que ocorra a reação do tipo IV é necessária a sensibilização prévia e os sintomas iniciam-se 48 a 72 hs após o contato com o alérgeno. A reação acontece devido a adição de antioxidantes e aceleradores na produção do látex. A maioria dos pacientes apresenta dermatite de contato nas mãos relacionada com a utilização de luvas (pode apresentar vermelhidão, vesículas, crostas, descamação e coceira). Reação com preservativos pode acontecer também, nesse caso no local de contato com o mesmo pode haver coceira, vermelhidão, descamação. Alternativa para esta questão é a utilização de preservativos sem látex.Há também a síndrome Látex-fruta, caracterizada pela associação de sintomas de alergia após contato com o látex e alguns alimentos de origem vegetal. O látex e alguns alimentos apresentam reação cruzada. O anticorpo contra um alérgeno reage em relação a outro alérgeno de origem diferente. Os alérgenos com reação cruzada tem similaridade de 70%. Alimentos mais comuns relacionados: Kiwi, maracujá, abacate, mandioca, batata e banana.
A alergia a látex é definida como uma reação imunológica contra as partículas do látex da borracha natural após sensibilização prévia. É preciso, portanto, haver um contato anterior para que ocorra a reação.
Segundo dados da literatura mundial, estima-se que a prevalência da alergia a látex na população seja menor do que 1%. Nas populações de risco, como profissionais de saúde expostos a luvas de látex, pacientes com Espinha bífida e indivíduos submetidos a cirurgias precocemente e repetidamente, essa prevalência pode chegar de 36% a 72% respectivamente.
O paciente deve ter um plano de ação para situações de emergência, além de ser orientado de forma clara para evitar o látex.
O látex natural utilizado na indústria é quase que exclusivamente extraído de uma planta chamada Hevea brasilienses. O látex é um composto proteico, tendo sido identificados até o momento 14 alérgenos. Há três grupos de risco para o desenvolvimento de alergia a látex:
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- Adultos que trabalham em áreas com elevada exposição das proteínas do látex. Exemplos: dentistas, cirurgiões, anestesistas, profissionais que trabalham em áreas de cuidados intensivos. Esses profissionais trocam de luva muitas vezes ao dia, aumentando o risco de sensibilização e desenvolvimento da reação alérgica. Trabalhadores da indústria da borracha também apresentam aumento da prevalência de alergia ao látex
- Pacientes que necessitam de manipulações cirúrgicas. como neuropatas e nefropatas. Indivíduos com doenças com alteração de fechamento do tubo neural (mielodisplasia) como mielomeningocele e espinha bífida
- Pacientes que apresentam doenças atópicas (asma, rinite alérgica, dermatite atópica e alergia alimentar/síndrome látex-fruta).
A reação mais comum aos produtos contendo látex, especialmente em usuários de luva, é o ressecamento e a irritação na área que teve contato, denominada "Dermatite irritativa". É uma reação não imunológica causada pela lavagem repetitiva das mãos com sabões ou detergentes, podendo através do talco da luva ou do pó do látex se tornar a porta de entrada para a sensibilização do látex. As reações imunológicas à borracha natural são do tipo I (mediada por IgE) imediatas ou do tipo IV (mediadas por linfócitos) tardias, relacionadas aos aceleradores da vulcanização (tiurans, carbamatos, mercaptomix) e antioxidantes (hidroquinona e parafenilenodiamina) adicionados ao látex.
Para que ocorra a reação tipo I é necessária uma sensibilização prévia, ou seja, o paciente deve apresentar anticorpo da classe IgE específico para pelo menos 1 dos antígenos do látex. A sensibilização ocorre quando há contato com material contendo látex, especialmente luvas ou até inalação de partículas aerossolizadas.
O paciente apresentará sintomas imediatos após contato com produtos contendo látex, como conjuntivite alérgica, rinite alérgica ou asma. Pode apresentar urticária de contato com coceira e formação de placas com vermelhidão no local. As reações podem ser leves ou até potencialmente fatais como anafilaxia. As reações mais graves com urticária extensa, crise de asma grave, hipotensão e choque são relacionadas com contato do látex por via parenteral ou através das mucosas, devendo receber atendimento rápido.
Para que ocorra a reação do tipo IV é necessária a sensibilização prévia e os sintomas iniciam-se 48 a 72 hs após o contato com o alérgeno. A reação acontece devido a adição de antioxidantes e aceleradores na produção do látex. A maioria dos pacientes apresenta dermatite de contato nas mãos relacionada com a utilização de luvas (pode apresentar vermelhidão, vesículas, crostas, descamação e coceira). Reação com preservativos pode acontecer também, nesse caso no local de contato com o mesmo pode haver coceira, vermelhidão, descamação. Alternativa para esta questão é a utilização de preservativos sem látex.
Há também a síndrome Látex-fruta, caracterizada pela associação de sintomas de alergia após contato com o látex e alguns alimentos de origem vegetal. O látex e alguns alimentos apresentam reação cruzada. O anticorpo contra um alérgeno reage em relação a outro alérgeno de origem diferente. Os alérgenos com reação cruzada tem similaridade de 70%. Alimentos mais comuns relacionados: Kiwi, maracujá, abacate, mandioca, batata e banana.
Diagnóstico
O diagnóstico de alergia ao látex se baseia na história clínica detalhada e alguns testes diagnósticos. Para detecção de reação tipo I, pode ser feito:- Teste cutâneo de hipersensibilidade imediata ou de puntura
- Dosagem de IgE sérica específica contra o látex (Immunocap).
Para detecção de reação tipo IV, pode ser feito o Teste alérgico de contato (Patch test).
O diagnóstico de alergia ao látex se baseia na história clínica detalhada e alguns testes diagnósticos. Para detecção de reação tipo I, pode ser feito:
- Teste cutâneo de hipersensibilidade imediata ou de puntura
- Dosagem de IgE sérica específica contra o látex (Immunocap).
Para detecção de reação tipo IV, pode ser feito o Teste alérgico de contato (Patch test).
Também existem novos testes, como o ImmunoCAP ISAC. Quando nenhum teste é confirmado, pode ser realizado um teste de provocação cutânea ou teste do uso de luva (use- test) em ambiente preparado para atender uma possível reação anafilática.
Também existem novos testes, como o ImmunoCAP ISAC. Quando nenhum teste é confirmado, pode ser realizado um teste de provocação cutânea ou teste do uso de luva (use- test) em ambiente preparado para atender uma possível reação anafilática.
Tratamento
O paciente deve ter um plano de ação para situações de emergência, além de ser orientado de forma clara para evitar o látex. Luvas de látex podem ser substituídas por luvas de nitrilo ou silicone, assim como preservativos sem látex. Em caso de cirurgia dar preferência para salas cirúrgicas látex-free. Ficar atento para contato com balões de festa e produtos contendo látex em dentistas e médicos.
Por: http://www.minhavida.com.br/saude/materias/18425-alergia-ao-latex-conheca-a-diversidade-dos-sintomas-para-evita-la
O paciente deve ter um plano de ação para situações de emergência, além de ser orientado de forma clara para evitar o látex. Luvas de látex podem ser substituídas por luvas de nitrilo ou silicone, assim como preservativos sem látex. Em caso de cirurgia dar preferência para salas cirúrgicas látex-free. Ficar atento para contato com balões de festa e produtos contendo látex em dentistas e médicos.
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