Ampliações Vesicais
A maioria dos doentes com bexigas hiperactivas ou pequenas, de alta pressão e baixa acomodação, responde ao tratamento médico ou conservador. No entanto um número pequeno mas significativo destes doentes requer tratamento cirúrgico. Os objectivos principais da ampliação vesical (AV) são: preservar a função renal, adquirir continência, impedir infecções do tracto urinário (ITUs) e promover um esvaziamento vesical voluntário e completo. As ampliações vesicais são classicamente confeccionadas com segmentos intestinais (enterocistoplastia); embora actualmente existam outras técnicas disponíveis como a auto-ampliação, a ureterocistoplastia e a cultura de tecidos, a enterocistoplastia continua a ser a cirurgia padrão
Em 1898, o cirurgião von Mikulicz descreveu o uso de um segmento do íleo (parte terminal do intestino delgado) para ampliar a bexiga e assim deu início ao tratamento cirúrgico do que hoje chamamos “bexiga de baixa capacidade” e “de alta pressão”. Desde então, inúmeras técnicas e variantes foram desenvolvidas. Para tanto, buscou-se no emprego de todos os tipos de segmentos do trato gastrointestinal — desde o estômago até o cólon sigmóide — um substituto ideal para a parede da bexiga.
Transcorridos mais de cem anos e na falta de um substituto ideal, o segmento gastrointestinal ainda permanece como a primeira escolha pela maioria dos cirurgiões quando se torna necessário ampliar a bexiga.
A busca por reduzir cada vez mais a morbidade inerente a essas grandes e complexas cirurgias motivou inúmeros pesquisadores a introduzir e desenvolver técnicas laparoscópicas. Hoje a técnica laparoscópica para ampliação de bexiga já se encontra padronizada no departamento de cirurgia minimamente invasiva.
Por: http://www.apurologia.pt/acta/3-2007/junior.pdf
http://www.masterclinica.com.br/ampliacao-vesical/
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